Está chegando ao fim a viagem apostólica do Papa Francisco ao México, realizada de 12 a 18 de fevereiro.
Nesta terça-feira (16/2), Francisco celebrou a santa missa no estádio Venustiano Carranza em Morelia, com a participação de 20 mil sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas. O Papa foi recebido pelo cardeal Alberto Suárez Inda, em meio a uma atmosfera de festa com gritos de “Nós te amamos, Papa!” ou “Papa, amigo, eres bem-vindo!”
Em sua homilia, o Santo Padre disse que “a nossa vida fala da oração e a oração fala da nossa vida”. “Ai de nós se não somos testemunhas do que vimos e ouvimos, ai de nós. Não somos e nem queremos ser funcionários do divino, não somos e nem queremos ser nunca empregados de Deus, porque somos convidados a participar da sua vida, somos convidados a entrarmos no seu coração, um coração que reza e vive dizendo: ‘Pai nosso’. Qual é a missão, senão dizer com nossa vida ‘Pai nosso’?”, ponderou.
“Qual tentação pode vir-nos de ambientes muitas vezes dominados pela violência, corrupção, tráfico de drogas, desprezo pela dignidade da pessoa, indiferença perante o sofrimento e a precariedade?”, perguntou aos presentes.
“Confrontados com esta realidade podemos ser vencidos por uma das armas preferidas pelo demônio, a resignação. Uma resignação que nos paralisa e nos impede não só de caminhar, mas também abrir caminho; uma resignação que não só nos assusta, mas que nos fecha nas nossas ‘sacristias’ e aparentes seguranças; uma resignação que não só nos impede de anunciar, mas que nos impede de louvar. Uma resignação que não só nos impede de projetar, mas que nos impede de arriscar e transformar”, destacou.
“Pai, papai, abba, não nos deixes cair na tentação da resignação”, concluiu.