Mosteiro Santíssima Trindade
Uma presença orante no coração de Colatina
A comunidade das Irmãs Clarissas do Mosteiro Santíssima Trindade, teve início no ano 1991, através de um pedido do então Bispo Diocesano da cidade de Colatina – ES, Dom Geraldo Lyrio Rocha que em sua carta/pedido dizia: “Julgo uma grande benção de Deus poder contar desde o inicio da Diocese, com a presença orante de uma comunidade contemplativa. A meu ver uma Igreja local está incompleta se nela não houver uma comunidade contemplativa, sinal luminoso do Reino e convite permanente à oração e à penitencia”.
Nos três primeiros anos a Comunidade instalou-se em uma casa adaptada provisoriamente na Rua Adwalter Ribeiro Soares, cuja inauguração deu-se no dia 26 de Maio de 1991, solenidade litúrgica da Santíssima Trindade; neste mesmo dia a recente comunidade foi contemplada com um terreno com vista para a cidade no alto do monte São Francisco de Assis, Bairro São Judas Tadeu. Em 1994 a comunidade transferiu-se para o Mosteiro definitivo, mesmo estando inacabado.
As irmãs Clarissas – ou segunda Ordem de São Francisco – são mulheres consagradas que vivem na Clausura em permanente vida Contemplativa, isto é, em constante estado de oração e de adoração a Deus. De forma especial as irmãs clarissas são intercessoras diante de Deus em favor das necessidades da Igreja, dos fiéis católicos e de toda a humanidade. Uma cidade onde existe um Mosteiro de vida contemplativa é extremamente abençoada pois a vida de oração e penitencia/imolação das Irmãs atrai o ‘olhar de Deus’ em forma de benção.
A vida das Irmãs Clarissas é uma vida de total consagração ao Senhor. Desde quando as Irmãs se instalaram na cidade e diocese de Colatina prestam serviço à todo o povo de Deus de um modo geral pela oração e intercessão. O Mosteiro é um espaço de singular predileção pois oferece silêncio, paz, e um ambiente que envolve e conduz para a oração, meditação, suplica e louvor. A vida contemplativa monástica representou sempre na Igreja e para a Igreja, o coração orante, guardião de gratuidade e rica fecundidade apostólica, sendo testemunha visível de misteriosa e multiforme santidade.
Todos os dias a Santa Missa é celebrada no Mosteiro e é aberta à todos com os seguintes horários: de Segunda a Sábado às 7 horas e aos domingos às 8 horas.
Além deste trabalho incessante das Irmãs que é a oração, também elas acolhem as pessoas que se dirigem ao Mosteiro em busca de uma palavra de conforto, um conselho, uma orientação espiritual ou um pedido de oração particular para os mais variados ‘desafios’ do dia a dia das famílias e dos homens e mulheres que tantas vezes se encontram sem rumo e direção. “Após ouvirmos o clamor da humanidade nossa oração ganha rosto, alma, coração”.
“Laborant…devote!” é para as Irmãs Clarissas, uma sublime forma de oração, como foi para sua mãe e fundadora Santa Clara de Assis, “trabalhar é uma graça”- dizia ela- por isso em todo tempo trabalhamos com devoção, mantendo o Espírito concorde com as mãos.
Todo nosso trabalho ordenadamente realizado é um se apossar da graça do Senhor. Por isso na restauração de imagens, na fabricação de produtos culinários caseiros como: pães, biscoitos, diversas massas, entre outros, na confecção e ornamentação de círios e velas litúrgicas e votivas e outros trabalhos artesanais, na ordenação da casa, do jardim e pomar, no cuidado dos espaços externos para retiros e encontros espirituais, realizamos nossa missão na oblação e entrega total de todas as nossas forças, deixando-nos “gastar” por Deus, em favor da mãe Igreja, daqueles que vivem nas periferias humanas e trabalham nos postos avançados da evangelização.
Residem atualmente no Mosteiro Santíssima Trindade 22 Irmãs Clarissas, que se dedicam totalmente à vida de oração e contemplação, trabalho e vida fraterna. Vivendo a mesma inspiração divina que viveu Clara de Assis, como “guardiãs do carisma Clariano, sendo “sentinelas da manhã, faróis na noite escura da humanidade, raios de luz do Coração da Trindade”.
A vida de fraternidade
Tanto para São Francisco, como para Santa Clara, a dimensão fraterna / sororal é essencial à sua forma de vida. Afirma Clara que desde o inicio de sua vida para Deus, ela teve irmãs que eram para ela um dom do mesmo Deus. Por isso às exorta que se respeitem mutuamente e honrem uma às outras e que pela caridade do Espírito sirvam-se voluntariamente e obedeçam umas às outras e que tenham cuidados solícitos, de não se mostrarem tristes, mas alegres no Senhor.
A vida litúrgica
Para nós Clarissas, a vida Litúrgica não é primordialmente um rito fixo para aproximar-se de Deus, o Santo, com formas estilizadas isto é somente em parte mas, acima de tudo, a presença do Filho de Deus, o mesmo Jesus Cristo, nas palavras e nos gestos. Tanto a oração do Ofício Divino como a Adoração, nós as entendemos como prolongamento da celebração Eucarística.
Como diz as Constituições, celebramos o Oficio Divino em nome da Igreja e não exclusivamente como exercício de piedade particular. O Mosteiro de Irmãs Clarissas não é somente uma comunidade de mulheres unidas pelo mesmo sentido religioso, e sim muito mais: que vivem cumprindo uma missão que lhes confiou a mãe Igreja. Em nome da Igreja celebramos todo o serviço litúrgico; nossa liturgia é a liturgia da Igreja.
Através da oração da Liturgia das Horas, nosso encontro com o Senhor dá-se da seguinte forma:
– No silêncio da noite, louvamos o Senhor nascido por nós;
– Ao amanhecer, recebemos o Senhor ressuscitado;
– Ao meio- dia nos reunimos tendo como centro o Senhor em sua paixão (9:00 hs Terça, 12:00 hs Sexta e 15:00 hs Noa);
– Ao entardecer comemoramos a despedida do Senhor e sua volta ao Pai;
– À meia-noite, esperamos o Senhor que virá novamente.
O acolhimento
Nota fundamental da vida contemplativa Clariana é o trato com todo ser criado. Acolher os Irmãos e Irmãs, em suas mais diversas necessidades é acolher o próprio Cristo. Homens, mulheres, crianças, pequenos e grandes, jovens e idosos, todos são oferecidos ao Pai para o louvor de sua glória.
Os nossos locutórios tem sido, não poucas vezes, motivos de ascensão e libertação para aqueles que nos procuram, são homens e mulheres chagados pelo mal de uma sociedade consumista que só visa a produtividade, lucro e status. Os pobres tem seu lugar especial em nossa comunidade, são respeitados como pessoas humanas, somos todos os dias e por várias vezes visitados por eles, damos a cada um na medida do possível, aquilo que é necessário no momento, uma palavra amiga, um conselho, oração vestuário e comida, procuramos assim não dar somente aquilo que sobra mas dividir fraternalmente aquilo que temos.
Nosso relacionamento com os amigos e benfeitores ultrapassam um puro assistencialismo à comunidade claustral, é na verdade uma construção de relacionamentos onde a amizade produz frutos de partilha e busca de Deus. Enfim vivemos uma vida evangélica radical segundo a Regra escrita por Santa Clara de Assis. “Se as palavras de Pedro «Senhor, é bom estarmos aqui!» são muito significativas para todos os consagrados, todavia adquirem uma ressonância especial nas pessoas contemplativas que, em profunda comunhão com todas as outras vocações da vida cristã, são «raios da única luz de Cristo que resplandece no rosto da Igreja» e, «pelo seu carisma específico, dedicam boa parte das suas jornadas a imitar a Mãe de Deus, que meditava assiduamente as palavras e os factos do seu Filho Jesus o primeiro contemplativo”.
Contato
Rua Santa Clara, s/n° – São Judas Tadeu
Cx. Postal, 28
29700-970 – Colatina – ES
Tel.: (27) 3721-0864
E-mail: [email protected]
Abadessa: Madre Agnes Maria da Sagrada Família, osc