Neste dia 26 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, a Igreja dá início à Quaresma, período litúrgico importantíssimo da nossa fé católica. O tempo quaresmal nos prepara para a Páscoa do Senhor e, por isso, nos propõe intensificar a vida de oração, penitência e caridade, com especial realce ao jejum e à abstinência.
Acima de tudo, a Quaresma é um momento único de reflexão sobre a nossa ação cristã neste mundo que supervaloriza o supérfluo e o descartável, fazendo-nos, muitas vezes, esquecer de cultivar verdadeiras relações humanas, bem como deixando-nos como que cegos diante da dor alheia. Acredite: viver intensamente a Quaresma nos leva a um caminho de purificação e penitência, que nos liberta do pecado.
Em sua mensagem para a Quaresma 2020, o Papa Francisco estende a todos os cristãos o que escreveu aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: fixar os braços abertos de Cristo crucificado e deixar-se salvar sempre de novo. “A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem.”
O Santo Padre também nos convida a “um diálogo coração a coração, de amigo a amigo” com o Senhor crucificado e ressuscitado por meio da oração. “Antes de ser um dever, [a oração] expressa a necessidade de corresponder ao amor de Deus, que sempre nos precede e sustenta”, afirma.
Clique aqui e leia, na íntegra, a mensagem do Papa Francisco para esta Quaresma.
Campanha da Fraternidade 2020
Nesta Quarta-feira de Cinzas (26/2), a Igreja no Brasil também lança oficialmente a Campanha da Fraternidade 2020, com o tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). A edição deste ano nos convida a refletir sobre o sentido da vida como dom e compromisso, que se traduz em relação de cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta.
A história do bom samaritano, que é apresentado por Jesus no Evangelho de São Lucas, surge para nos ajudar a repensar sobre como, de fato, agimos diante de um irmão ferido à beira do caminho. “Quem teve a capacidade de ser presença samaritana na realidade brasileira foi Santa Dulce dos Pobres, presença marcante no atendimento às necessidades urgentes dos mais pobres. Sua obra de assistência à saúde é referência no Brasil inteiro. Ela é um grande símbolo para todos nós de como nós devemos ajudar: colocando-se no lugar do outro e enxergando suas necessidades”, destacou o padre Joseumar Miranda, pároco da paróquia de São Domingos do Norte e estudioso desta edição da Campanha da Fraternidade.
Clique aqui para conferir entrevista completa com padre Miranda sobre o assunto.