Nosso querido bispo emérito e reitor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Saúde, dom Décio Sossai Zandonade, celebrou, na última quinta-feira (10/3), seus 25 anos de vida episcopal. A missa jubilar foi presidida pelo próprio dom Décio no Santuário Diocesano, em Ibiraçu, e marcou também o encerramento do retiro dos presbíteros da Diocese de Colatina.
A celebração contou, portanto, com a presença de inúmeros padres, do bispo diocesano, dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, e do bispo de Cachoeiro de Itapemirim, dom Luiz Fernando Lisboa, que orientou o retiro.
Foi um momento emocionante e dom Décio proferiu uma homilia cheia de história e carinho. Ele relembrou o medo e a insegurança que sentiu ao receber o convite para ser bispo e seu crescimento na fé e no amor a Jesus Cristo. “Sou apaixonado por esta Igreja, sou apaixonado por Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Mas ainda preciso crescer”, disse.
“É uma graça muito especial, um sentimento de gratidão a Deus porque nada aqui sou e, no entanto, Deus me cumulou de tantas graças. Rezem por mim.”

Dom Décio entre os seminaristas
Ao final, o padre Luismar Passarelli falou em nome de todo o presbitério, prestando uma homenagem a dom Décio e agradecendo por toda sua dedicação à Diocese de Colatina. Ao concluir a fala, todos cantaram a música “Romaria”, uma das preferidas de dom Décio.
Para o bispo diocesano, dom Lauro Sérgio, foi uma celebração de toda a Diocese de Colatina. “Afinal, são 25 anos de episcopado e a maior parte deles aqui vivida e dedicada a esta Igreja. É sinal de gratidão a Deus pelo dom da sua vida e do seu ministério”, refletiu.
Confira, a seguir, a mensagem dos padres a dom Décio
DOM DÉCIO,
Damos graças a Deus hoje por sua vida, por seu ministério e por sua presença entre nós! Temos tantos adjetivos para o senhor: acolhedor, carismático, popular, visionário, comunicativo, missionário, destemido, sensível, humano, amigo, irmão, pai e tantos mais.
Em sua chegada, já nos dizia: “Não quero ser entre vocês um grande jequitibá, mas um simples pé de café!”
Faço aqui uma analogia ao pé de café: planta baixa, vários galhos e varetas, raízes grossas e profundas. Planta de grãos pequenos, às vezes leves, às vezes pesados, queimam facilmente ao sol e a chuva fina os revigora. Planta que precisa de cuidados para melhor produzir e continuar forte.
Os grãos dessa pequena e, ao mesmo tempo, gigante planta traz o alimento, o pão de cada dia para o nosso povo e a certeza de um ano vindouro para os produtores.
O senhor é, de fato, esse pé de café em nosso meio. Um pé de café extremamente humano, forte e frágil. O que o senhor produziu à frente de nossa diocese e até hoje à frente do Santuário foi de uma riqueza imensurável. Ao longo dessa jornada, com sua simplicidade, deixou-se podar para melhor produzir, deixou-se regar para ficar mais forte e gerar ainda mais frutos para a nossa Igreja.
E quantos frutos, dom Décio, o senhor colheu! Tantos que é difícil mencionar todos. Permita-me citar alguns: criação de paróquias, ordenações, trabalhos sociais, fortalecimento da Cáritas, implantação do diaconato permanente, carinho com a juventude, fortalecimento das pastorais, movimentos e equipes de serviços. Mas talvez o que mais marcou a nossa diocese e o seu coração foi o fortalecimento deste Santuário dedicado a Nossa Senhora da Saúde, nossa padroeira diocesana.
Em sua simplicidade, nos provocou a ver o grande potencial de nossa diocese e o quanto poderíamos avançar! O senhor acreditou! Entregou seus sonhos a Maria e ela voltou seu olhar maternal para nós! Dom Décio, fiz apenas uma breve memória do que o senhor realizou. Mas é uma memória que se agiganta no coração de cada um de nós, padres que o senhor ordenou e todo o nosso presbitério. O senhor está também no coração de cada leigo e leiga de nossa diocese, nas diversas frentes de nossa Igreja.
Parabéns, dom Décio! Muito obrigado por tudo! Que Deus derrame muitas bençãos neste ano jubilar que ao senhor dedicamos! Que a Virgem Maria, Nossa Senhora da Saúde, o proteja sempre.
Quero encerrar, convidando toda a comunidade a manifestar o nosso agradecimento ao senhor. Esta música que vamos cantar agora com certeza emocionou não somente a nossa diocese, como boa parte do Brasil quando o senhor, com simplicidade e coragem, cantou no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Sabemos que é a música do seu coração: “Romaria”.