Foi divulgada, no último dia 10/07, a mensagem do Papa Leão XIV para o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos intitulada “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”.
O Pontífice inicia a mensagem, recordando que “o Jubileu que estamos vivendo nos ajuda a descobrir que a esperança é, em todas as idades, perene fonte de alegria” e “quando é provada pelo fogo de uma longa existência, torna-se fonte de uma bem-aventurança plena”.
Idosos: primeiras testemunhas da esperança
A seguir, o Papa recorda alguns homens e mulheres, na Bíblia, em idade avançada, “que o Senhor inclui nos seus desígnios de salvação”. Abraão e Sara, Isabel e Zacarias, Jacó, já idoso, que abençoa os filhos de José, seus netos, Moisés e Nicodemos. “Deus mostra várias vezes a sua providência dirigindo-se a pessoas idosas” (…). “Com estas escolhas, Ele nos ensina que, aos seus olhos, a velhice é um tempo de bênção e graça e que, para Ele, os idosos são as primeiras testemunhas da esperança“, ressalta Leão XIV.
De acordo com o Pontífice, “só se compreende a vida da Igreja e do mundo na sucessão das gerações. Por isso, abraçar um idoso ajuda-nos a entender que a história não se esgota no presente, nem em encontros rápidos e relações fragmentárias, mas se desenrola rumo ao futuro”.
“Quantas vezes os nossos avós foram para nós um exemplo de fé e devoção, de virtudes cívicas e compromisso social, de memória e perseverança nas provações! A nossa gratidão e coerência nunca serão suficientes para agradecer este bonito legado que nos foi deixado com tanta esperança e amor“, sublinha o Papa.
Ser protagonista da “revolução” da gratidão
“Desde as suas origens bíblicas, o Jubileu representou um tempo de libertação: os escravos eram libertados, as dívidas perdoadas, as terras devolvidas aos seus proprietários originais. Era um momento de restauração da ordem social desejada por Deus, em que se sanavam as desigualdades e as opressões acumuladas ao longo dos anos”, ressalta o Papa na mensagem.
“Olhando para os idosos nesta perspectiva jubilar, também nós somos chamados a viver com eles uma libertação, sobretudo da solidão e do abandono. Este ano é o momento propício para realizá-la: a fidelidade de Deus às suas promessas ensina-nos que há uma bem-aventurança na velhice, uma alegria autenticamente evangélica que nos convida a derrubar os muros da indiferença na qual os idosos estão frequentemente encerrados”, escreve o Pontífice.
Segundo o Papa, “cada paróquia, associação ou grupo eclesial é chamado a tornar-se protagonista da “revolução” da gratidão e do cuidado, a ser realizada através de visitas frequentes aos idosos, criando para eles e com eles redes de apoio e oração, tecendo relações que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos. A esperança cristã impele-nos continuamente a ousar mais, a pensar em grande, a não nos contentarmos com o status quo. Neste caso específico, a trabalhar por uma mudança que devolva aos idosos a estima e o afeto“.
A seguir, Leão XIV recorda que “o Papa Francisco quis que o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos fosse celebrado, em primeiro lugar, encontrando aqueles que estão sozinhos. E decidiu-se, pela mesma razão, que aqueles que não puderem vir a Roma neste ano em peregrinação podem «obter a Indulgência jubilar se visitarem por um côngruo período […] idosos em solidão […] quase fazendo uma peregrinação em direção a Cristo presente neles»”.
