A imagem do Sagrado Coração de Jesus peregrinou pelas ruas de Colatina, gerando muita emoção entre os fiéis que, em isolamento, acompanharam a passagem do padroeiro pela cidade. O momento aconteceu após a Santa Missa de Páscoa, na manhã do último domingo (12/4).
Segundo o pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus e cura da Catedral de Colatina, padre José Valdecy Romão, a peregrinação chamada de “Debaixo do Manto do Sagrado Coração de Jesus” foi inspirada em duas das 12 promessas: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração” e “Eu os consolarei em todas as suas aflições”. Essas promessas foram reveladas a Santa Margarida Maria Alacoque pelo Sagrado Coração de Jesus, no século 17.
“Assim, neste Domingo de Páscoa, percorremos todos os bairros da paróquia, proclamando esta benção do Coração de Jesus na batalha contra a pandemia do Covid-19. Foi um momento de muita espiritualidade e demonstração de fé por onde passamos”, disse padre Valdecy que acompanhou a peregrinação, juntamente com o bispo diocesano, dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, e o vigário da Catedral, padre Fábio Chagas da Silva.
A seguir, conheça melhor as duas promessas que inspiraram a peregrinação da imagem do Sagrado Coração de Jesus pelas ruas de Colatina e como colocá-las em prática na sua vida.
“Abençoarei a casa em que se achar exposta e for venerada a imagem do meu Coração.” (Lc 19, 9)
Cada vez mais, a imagem do Sagrado Coração de Jesus está presente em todos os lugares. São igrejas dedicadas a Ele, pequenos santuários, colégios, oratórios, hospitais, em muitos lares e até mesmo em estabelecimentos comerciais. Este tempo de pandemia certamente ajudará o mundo a prestar mais atenção aos sinais, aguçar a sensibilidade e voltar o coração um pouco mais para o criador de todas as coisas. Não existe nenhum nome acima do nome de Jesus. Dele é o poder, a honra e a glória para sempre. O mandamento maior manda amar a Deus sobre todas as coisas. A idolatria começa quando a gente diz que não tem tempo de ir à missa porque tem muito trabalho. O fato é que existem muitas maneiras de fabricar imagens e renegar Deus. É isso que a Bíblia condena. Nestes dias as nossas famílias têm redescoberto um novo jeito de construir relações, resgatando o significado da igreja doméstica, com mais tempo para ouvir e falar, se reinventando na descoberta da bênção em suas vidas. É muito atual o conselho de Jesus em Mateus 11, 29-30: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis o repouso para vossas almas”.
“Eu os consolarei em todas as suas aflições” (Mt 11, 28)
Quem de nós não tem suas aflições, seus cansaços, desilusões, doenças e problemas? Tudo isso às vezes parece pesado demais, aí desanimamos e pensamos em desistir. Vivemos em um mundo de muitas e muitas aflições. Neste tempo de pandemia, paira no ar incerteza e insegurança com um misto de medo. Neste momento, de maneira especial devemos ouvir de Jesus: “Venha a mim. Quero ajudar você a carregar sua cruz”. Ele quer nos ajudar a tornar mais leve o peso dos problemas e aflições – não prefira sofrer sozinho. Reze ao Coração de Jesus, confie em sua promessa. Ele manifestará concretamente a presença do amor em sua vida.