Seminarista Carlos Daniel é enviado em missão ao Amazonas
Colatina (ES) – A celebração do dia 12 de dezembro de 2024 marcou um momento de emoção e compromisso missionário para o seminarista Carlos Daniel de Souza Martins da Diocese de Colatina (ES). No dia de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, o jovem Carlos Daniel foi instituído acólito e recebeu a bênção de envio para sua nova missão na Diocese de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. A Celebração Eucarística foi presidida por Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, bispo diocesano.
Carlos Daniel, natural da Paróquia São João Batista, em Aracruz (ES), concluiu em 2024 o curso de Teologia e nos últimos anos realizou seu estágio pastoral na Paróquia São José, em João Neiva. Agora, embarca em uma experiência missionária que promete enriquecer sua vocação e ampliar seus horizontes.
“Estou feliz e animado com essa nova oportunidade. Acredito que a experiência proposta pela diocese poderá enriquecer muito minha vida e minha vocação,” declarou o seminarista, que irá permanecer por um ano na Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Localizada no extremo norte do Brasil, na fronteira com a Venezuela e a Colômbia, essa região é marcada por desafios logísticos, culturais e sociais, além de uma expressiva presença de comunidades indígenas.
Carlos já possui uma trajetória de dedicação missionária. Como membro do Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE), atuou na animação e formação missionária. Em 2023, participou da “Experiência Vocacional Missionária Pés a Caminho”, na Prelazia de Itacoatiara, e em 2024 viveu uma experiência missionária na Diocese de Marabá, no Pará. Sua formação e experiências o preparam para o desafio que o aguarda em São Gabriel da Cachoeira, diocese que celebrará seu centenário em 2025.

Carlos Daniel em Itacoatiara (AM), na sua primeira experiência vocacional missionária
Dom Lauro, ao refletir sobre a importância dessa missão, destacou: “Para um seminarista que concluiu o curso de teologia, é uma grande contribuição. Essa experiência permite confrontar-se com a realidade e os desafios concretos de outro ambiente, ajudando a verificar a autenticidade do chamado e as exigências da missão de forma muito concreta. Trata-se de uma oportunidade de despojamento, dedicação e enriquecimento mútuo entre as dioceses”.
UM NOVO MINISTÉRIO: INSTITUIÇÃO DE ACÓLITO
A celebração também foi marcada pela instituição de Carlos como acólito. Na homilia, Dom Lauro destacou a figura de Nossa Senhora de Guadalupe como modelo missionário, pela sua inculturação e diálogo entre culturas. Ele enfatizou: “Participar da missão de Deus é sempre uma graça. Assim como Maria, que se fez presente entre os pobres e simples, somos chamados a ser uma Igreja em saída, comprometida com os desafios missionários e a evangelização das periferias”.
Carlos não deixou de expressar sua gratidão pelos dois anos vividos na Paróquia São José, onde cresceu em fraternidade e serviço. Em suas palavras disse: “Agradeço ao Pe. Antonio Wilson, que me acolheu e me orientou. Aprendi muito com seu testemunho de amor à Igreja. Aos paroquianos, sou grato por cada gesto de carinho e confiança. Vocês me ensinaram que, no carinho do povo, recebemos o carinho de Deus”.
Encerrando sua fala, Carlos evocou as palavras de Dom Helder Câmara: “Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu… É abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los”.
Com essas palavras, o seminarista reafirmou seu compromisso missionário e se despediu da comunidade que tanto marcou sua formação. A celebração foi um testemunho da dimensão missionária da Diocese de Colatina, que segue os apelos do Papa Francisco por uma Igreja em saída, comprometida com os mais necessitados e disposta a enfrentar os desafios das periferias do mundo.
A experiência de Carlos Daniel é um reflexo do compromisso da Diocese de Colatina em formar missionários que, além de aprofundarem seus estudos, vivenciem na prática os desafios do discipulado e do anúncio do Evangelho. Enquanto se despede de sua comunidade de origem, ele leva consigo as orações e o carinho de todos, rumo às terras amazônicas, como “Peregrino da Esperança”, onde o chamado missionário o aguarda.
Frei Augusto Luiz Gabriel