Neste dia 23 de dezembro, comemoramos o aniversário de 47 anos do padre Leandro Siqueira! Vamos conhecer um pouco da história dele?
“Nasci na cidade de Santa Teresa (ES) em uma manhã de segunda-feira. Meu pai se chamava Francisco Rodrigues Siqueira (in memoriam) e minha mãe Lúcia Lourdes Guarnieri Siqueira (in memoriam). Tenho mais dois irmãos e quatro irmãs, somando sete filhos vivos.
Fui uma criança travessa, gostava muito das brincadeiras da época: roda de ciranda, pique-esconde, queimada, polícia e ladrão. Gostava também de acompanhar o papai na roça onde trabalhava, fazia questão de me vestir como ele. Sentia-me um rapazinho, sendo que não passava de um “pingo de gente”.
Algo de predileção, no entanto, era a vivência da fé. Meus pais, analfabetos, pobres, mas com fé e força, queriam ver os filhos crescerem, não só em estatura, mas também nos estudos escolares e na Santa Religião. Posso dizer que fui criado em um ambiente religioso: sempre era levado, quando criança, às Santas Missas, pelo meu pai ou pela minha nona. Mamãe frequentava a Santa Missa à noite, pois durante o dia trabalhava.
Frei Francisco Maria de Manaus, frei Chico como era conhecido, com seu hábito capuchinho, que não tirava, era quem rezava as Missas. Com isso minha vivência religiosa foi sempre intensa desde novo. Rezava sozinho também e a Virgem Santíssima sempre foi meu refúgio.
Sempre tive um desejo de servir mais a Nosso Senhor, desde menino. Com 16 anos, resolvi pedir aos meus pais autorização para conversar com frei Paulino Fabris, o então pároco de Santa Teresa. Com permissão dada, comecei a ser acompanhado por ele. Cheguei a morar na casa paroquial de Santa Teresa. Ao final de fevereiro de 1993, ingressei no Convento dos Frades Capuchinhos em Itambacuri (MG). Permaneci na Ordem Capuchinha até agosto de 1999, quando deixei a Ordem e, em fevereiro de 2000, ingresse no Seminário Maria Mãe da Igreja, da Diocese de Colatina, onde completei os meus estudos.
Fui ordenado diácono por dom Décio Sossai Zandonade em 13 de setembro de 2003, em Linhares, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Aos 3 de julho de 2004, dom Décio me conferiu a Sagrada Ordem do Presbiterato, na Igreja Matriz Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, em Itaguaçu.
Fui pároco em Itaguaçu por cinco anos e também pároco da Paróquia São Marcos, em Ibiraçu, por mais cinco anos. Em Ibiraçu, assumi por alguns meses a reitoria do Santuário Nossa Senhora da Saúde. Depois fui vigário das paróquias São João Batista, em Aracruz, Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Colatina, Nossa Senhora Auxiliadora, em Itarana, e, no momento, ajudo a Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Colatina.
Nesses 17 anos de padre, apoiei também outras atividade: fui responsável pelo Cedic na Área Pastoral Ita, professor no Cedic em Itaguaçu, Itarana, Colatina, Linhares e Aracruz; contribuí com o folheto litúrgico O Dia do Senhor; atuei como coordenador diocesano da catequese; e fui assessor eclesiástico do Movimento de Cursilhos de Cristandade em nível diocesano e regional.
Como padre, o maior desafio que vejo é a compreensão de Igreja no meio do clero. Está tudo muito confuso. A Igreja em si vive um momento de incertezas, as compreensões são desencontradas. Falta uma unidade no serviço da Igreja que é fazer com que todos cheguem à salvação, conforme Nosso Senhor expressou em Mateus 28, 18-19: “Ide, pois, e ensinais a todas as nações, batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
Minha maior alegria é a fidelidade dos fiéis que, mesmo não conseguindo acompanhar toda essa confusão, se mantém perseverantes na fé, nas atividades pastorais, nos movimentos. Tenho como esperança a compreensão que tudo deve ser feito para amar Nosso Senhor Jesus Cristo e para a glória de Deus!