Neste dia 18 de março, o padre Fábio Chagas da Silva comemora 36 anos de vida! Padre Fábio é atualmente administrador da Paróquia São João Paulo II, que fica no bairro São José, em Linhares. Vamos conhecer um pouco da sua história.
“Nasci no dia 18 de março, às 18 horas, no exato momento em que tocava a Ave Maria, fato este que minha mãe me contava com carinho durante a infância e ainda conta! Sou natural de Aracruz, tendo a infância, a adolescência e a juventude vividas em Vila do Riacho, na comunidade histórica de São Benedito do Rosário.
A gravidez para o meu nascimento foi de risco porque havia a recomendação médica contrária à gestação. Tal recomendação se deu pois o primeiro parto foi muito delicado, o segundo foi bem acompanhado, porém não menos arriscado. Já a terceira gestação não havia mais recomendação, pois o risco era altíssimo.
No entanto, nos planos de Deus, haveria mais uma página desta história a ser contada. Sendo assim, quando minha mãe soube da gravidez, fez uma promessa na intercessão de Nossa Senhora da Penha: se tudo ocorresse bem, me levaria, recém-nascido, para consagrar a Deus e à Virgem da Penha, lá no alto do convento, em Vila Velha. E assim ela fez, pois a gestação e o parto foram um sucesso.
A vida foi passando e, no meu crescimento, ficava nítido o apego e o amor pelas coisas de Deus. Quando pequeno, queria fazer as próprias preces para, no momento oportuno da celebração, lê-las. Gostava de participar e falar nas celebrações da comunidade. Na Quaresma, eu conduzia a cruz da sexta-feira pela via sacra. Possuía, desde pequeno, um amor e um encanto pela cruz e demais realidades da Igreja.
No dia a dia do lar, eu gostava de “brincar” de celebrar em casa e de diversas outras brincadeiras com os amigos, com destaque para o futebol. Na fase mais adulta, engajado na comunidade, com um namoro bem encaminhado, sendo ela uma pessoa de família e atuante na Igreja, eu me aproximei do padre Rubens Duque com um desejo de conhecer mais a Igreja no interno, não para ser padre, pois naquele momento não era minha vontade, mas para pertencer mais. Naquela mesma semana, eu já estava em conversa com padre Marinaldo Serafim para iniciar os encontros meio sem entender como seriam.
Durante o ano de encontros para o Propedêutico, a aproximação e a amizade com o padre Edgar Rigoni, que, na época, chegou como diácono e se ordenou sacerdote, foi fundamental. Praticamente foi a primeira ordenação que presenciei dentro de uma maior compreensão, e a alegria e o carisma com a juventude que padre Edgar trazia me fez repensar o meu caminho e assim o passo foi dado.
Dentro do processo vocacional, no período do seminário, padre Marinaldo foi meu grande incentivador, como formador e amigo. Digo que foi um tempo valioso em que tive a estrutura necessária para me tornar uma pessoa melhor e, por isso, sou muito grato à Igreja.
Fui ordenado presbítero no dia 12 de agosto de 2017 pelo então bispo diocesano de Colatina, dom Joaquim Wladimir Lopes Dias. Atuei na Paróquia São Sebastião, de Governador Lindenberg, até o final daquele ano. Depois, fui enviado para a Catedral do Sagrado Coração de Jesus, em Colatina, onde permaneci até o final de 2020.
Hoje posso dizer que ser padre é ter encontrado a minha vocação que já existia dentro da minha história. Ser padre é, a cada dia, tomar consciência do que o sacerdócio representa e dar passos para ser melhor para o Povo de Deus. Ser padre é uma vocação que quero assumir e cultivar cada dia com mais força, clareza e verdade e, por isso, peço e conto com a oração de todos para ser fiel nesse caminho.”