Neste dia 20 de novembro, comemoramos o aniversário de 41 anos do padre Edgar Rigoni, reitor da Casa de Formação Maria Mãe da Igreja. Aproveitamos a ocasião para batermos um papo sobre sua história de vida. Confira a seguir.
Onde nasceu?
Pe. Edgar: Nasci em uma comunidade do interior de Linhares, São Judas Tadeu, num vale revestido do colorido do cafezal e da Mata Atlântica, onde corre o frescor das montanhas ao som das águas de um riacho.
Como foi sua infância?
Pe. Edgar: Sou o terceiro de três irmãos. Tive uma infância junto aos meus pais, ajudando no trabalho do campo. Aos domingos, logo cedo, começava a me preparar para ir à igreja. Depois, almoço em família, todos à mesa, sob o olhar de meu pai que se assentava na cabeceira, com minha mãe à sua esquerda. Era um momento sagrado. Terminado o almoço, eu ia para o campo e jogava futebol até escurecer. Era uma vida muito simples, mas carregada de emoções. Aos sete anos, ingressei na escola Unidocente São Judas Tadeu, com a minha eterna professora Cacilda, e também na catequese com minha irmã Ednei que me acompanhou até a celebração da Crisma. Tinha que ser exemplo para todos, se não ela contava tudo para os nossos pais (risos).
Como surgiu o desejo de seguir a vida religiosa?
Pe. Edgar: Venho de uma família de berço católico, atuante na comunidade e isso me inspirava. Tenho uma memória muito presente das rezas do terço e do círculo bíblico, sobretudo as novenas de Natal com as famílias vizinhas.
Como se deu o processo de ingresso no seminário?
Pe. Edgar: Conta a história que, quando eu tinha quatro anos, falei pela primeira vez em ser padre. Em 1995, eu e meu amigo Eduardo, que hoje é padre orionita, fomos convidados pelo padre Josumar para um encontro vocacional. Eu não fazia a mínima ideia e me perguntava o que era essa tal de vocação! Mas, ao concluir o encontro, eu parecia ter certeza do que queria. Participei dos encontros promovido pela paróquia e, concluído o Ensino Fundamental, fui acolhido como seminarista orionita, aos 14 anos, em Rio Bananal. Tempo muito rico de amadurecimento e descobertas! Depois de longas conversas de aconselhamento, pedi transferência para a Diocese de Colatina, onde iniciei o Propedêutico orientado pelo diácono Paulo Dal’Bó, em fevereiro do ano 2000. Segui toda a formação no Seminário Maria Mãe da Igreja. Foi ordenado diácono na Paroquia Santíssima Trindade, em Linhares, em 2007, e depois presbítero na Paróquia Imaculada Conceição, em Coqueiral (Aracruz), no dia 3 de maio de 2008 pela oração da Igreja e imposição das mãos do então bispo diocesano, dom Décio Sossai Zandonade.
Fale sobre sua vida como sacerdote.
Pe. Edgar: Tempo de graça! Pude doar um pouco do meu sacerdócio atuando nas paróquias Imaculada Conceição (Coqueiral), São Sebastião (Governador Lindenberg), Nossa Senhora da Glória (Colatina) e Nossa Senhora da Conceição (Linhares). Em 2015, iniciei minha temporada de estudos em Roma, onde concluí meu mestrado em Antropologia Teológica. De 2017 a 2020, fui pároco da Paróquia São Marcos (Ibiraçu). Em 2020, fui apresentado como reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, onde vivo bons momentos na minha vida pessoal e sacerdotal. Busco sempre viver meu ministério como uma graça de Deus e um dom a serviço do outro.
Quais são seus maiores desafios?
Pe. Edgar: Ter consciência de que nada sabemos, que a vida é uma escola e que, na minha pobreza, muito tenho a oferecer.
Quais são as maiores alegrias que um padre pode receber?
Pe. Edgar: São inúmeras, pois o todo do meu ministério já é uma grande alegria. Estar entre os jovens e adolescentes, nas famílias, nas vistas aos enfermos… tudo é graça, em que ofereço um pouco de mim e recebo tanto mais. Só tenho a agradecer! Cada eucaristia celebrada, cada confissão acolhida, cada aconselhamento oferecido são momentos que tornam meu sacerdócio mais vivo. Sou grato por ser instrumento de Deus na vida das pessoas!