Na tarde desta quarta-feira (4/10), na Sala Paulo VI, no Vaticano, teve início a primeira Congregação Geral da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, com a presença do Papa Francisco que, de forma espontânea, discursou aos participantes.
Francisco iniciou recordando “que foi São Paulo VI quem disse que a Igreja no Ocidente tinha perdido esta ideia de sinodalidade, e por isso criou o secretariado do Sínodo dos Bispos, que realizou muitos encontros, muitos sínodos sobre temas diferentes”.
Ao discorrer sobre o conceito de sinodalidade, o Santo Padre observou que este ainda não atingiu pleno amadurecimento e não é amplamente compreendido dentro da Igreja. No entanto, ele destacou que, ao longo de quase seis décadas, a Igreja tem gradualmente trilhado esse caminho “e hoje podemos chegar a este Sínodo com este tema”.
NÃO SOMOS UM PARLAMENTO
“O Sínodo não é um parlamento, é outra coisa; o Sínodo não é uma reunião de amigos para resolver algumas questões atuais ou dar opiniões, é outra coisa. Não esqueçamos, irmãos e irmãs, que o protagonista do Sínodo não somos nós: é o Espírito Santo”, enfatizou Francisco.
O Papa então sublinhou a importância da presença do Espírito Santo que traz harmonia à comunidade eclesial e que deve guiar o Sínodo. Ele também fez um alerta aos participantes: “se entre nós houver outras formas de avançar pelos interesses humanos, pessoais, ideológicos, não será um Sínodo, será uma reunião parlamentar”.
NOVOS CARDEAIS
No último sábado (30/9), foi realizado o consistório para a criação de 21 novos cardeais da Igreja. Na homilia, o Papa Francisco apresentou o Espírito Santo como o maestro do Colégio Cardinalício: “Ele cria a variedade e a unidade, Ele é a própria harmonia”. O pontífice também motivou os novos cardeais a serem “evangelizadores e evangelizados, e não funcionários”. Neste consistório, não foi criado nenhum cardeal brasileiro.
Os cardeais são os colaboradores do Papa na condução da Igreja e também têm a missão, dentro do Colégio Cardinalício, de eleger o novo Papa quando se dá a vacância na Sede Romana. Aqueles que têm mais de 80 anos de idade não fazem parte da eleição de um novo pontífice.
Imagem do Papa Francisco: Vatican News