A Paróquia Santa Clara de Colatina (ES) viveu um dia histórico no último domingo, 17 de setembro, data em que a Família Franciscana celebrou a Festa das Chagas de São Francisco. Com solenidade e festa, o primeiro grupo de acólitos foi instituído na Paróquia que neste ano completou 15 anos de criação, são eles: Henrique Costa Bissa, Maria Lara Silva Monteiro, Diego Contadine Garozi, Maria Clara Torezani Pertel, José Augusto Paula Moreira e André Rossi.
Após muitos anos servindo como coroinhas, estes jovens deram mais um importante passo na sua caminhada de fé. Com formações e encontros, os novos acólitos trilharam um caminho de preparação, que contou com a orientação e condução de Frei Augusto Luiz Gabriel e Janaina Zanetti. No entanto, com a instituição o caminho não se dá por encerrado, pelo contrário, é apenas um novo começo.
Após a homilia feita pelo pároco Frei Pedro de Oliveira Rodrigues, na Comunidade São Vicente de Paulo, teve início o Rito de Instituição de Acólitos. A coordenadora Janaina apresentou os candidatos habilitados a prestarem o seu serviço na liturgia ao pároco e a toda comunidade, chamando cada um pelo nome, que prontamente responderam “aqui estou”. Em seguida, Frei Pedro interrogou Frei Augusto: “Podes dizer-me se eles estão aptos a exercerem o ofício de Acólitos em nossa Comunidade Paroquial”.
“Estimado Frei Pedro, posso afirmar que eles estão aptos para desempenhar os serviços de Acólitos pois demonstraram, no período de preparação, consciência e maturidade, dedicação e zelo pela Eucaristia, pelos objetos e ritos litúrgicos e demais serviços da comunidade. Enfim, demonstraram o desejo de exercerem bem o serviço que estão para assumir. Todos já foram coroinhas por muitos anos e isso é mais uma prova de alegria e disponibilidade de suas vidas entregues à esta bonita missão de serem servidores de Cristo”, disse Frei Augusto
Assim, Frei Pedro interrogou os candidatos sobre suas disposições para assumirem este ministério e proferiu: “Estimados jovens e adolescentes, Vós escolhestes livremente e com exemplar generosidade servir a comunidade em todos os momentos de culto e de oração a Deus. Vós fostes preparados para este serviço, portanto, sejais fiéis e perseverantes no compromisso assumido. E eu, em nome da Igreja aqui reunida, acolho-vos oficialmente como Acólitos desta Paróquia Santa Clara de Assis. Deus, que vos inspirou este bom propósito, vos conceda a graça da perseverança e vos una mais perfeitamente a Cristo através dos serviços a esta comunidade”.
O rito teve continuidade com a bênção das vestes litúrgicas, sinal do serviço que prestarão ao culto divino, junto ao altar, em suas Comunidades da Paróquia Santa Clara de Assis. Em seguida os familiares e responsáveis os revestiram com a sobrepeliz, veste própria de Acólitos. E por fim, Frei Pedro também “revestiu” os jovens acólitos com o Tau Franciscano, símbolo do carisma franciscano. A comunidade acompanhou este momento com muita atenção e emoção, enquanto se cantava “reveste-me Senhor com a tua graça, eu quero meu irmão servir melhor! Que teu Espírito em mim se faça, que eu possa caminhar no teu amor”.
Na homilia, Frei Pedro refletiu sobre a temática do perdão. “Diante do Senhor o que importa é: qual a dívida de perdão que eu tenho com o outro? O pagamento é à vista, não é parcelado em suaves prestações. Por isso, recorremos a São Francisco de Assis que nos lembra que ‘é perdoando que se é perdoado’. Nós sabemos disso e continuamos insistindo em sermos irredutíveis no perdão, irredutíveis na compaixão, irredutíveis na misericórdia. ‘É dando que se recebe’; ‘é morrendo que viveremos para a vida eterna’, citou o religioso, evidenciando a figura de São Francisco que chegou em um grau de compreensão profundo sobre o perdão.
Fez menção de um versículo do final do Evangelho: ‘É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão” (Mt 18,35). Assim, Frei Pedro lembrou que o perdão não se dá apenas da boca para fora ou com um tapinha no ombro. “Que o Senhor nos ajude, que de fato, assim como Ele é, complacente, misericordioso e benigno, que Ele nos ajude a também sermos assim para com o outro. Por isso, vamos recordar o refrão do salmo: ‘O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso’, esta é a forma com o qual Ele nos trata e nos quer também”, ensinou Frei Pedro.
No ofertório, dois acólitos já instituídos cuidaram do serviço do altar. Após a celebração, Frei Pedro agradeceu pela presença de todos, bem como da preparação e organização da celebração e do Tríduo das Chagas de São Francisco de Assis.