O Vaticano divulgou no último dia 18 de junho, a nova Encíclica do Papa Francisco, “Laudato si – sobre o cuidado da casa comum”. O texto trata da ecologia humana e o clima está no centro das preocupações apresentadas pelo pontífice. Além disso, são apontadas as problemáticas e os desafios de preservação e prevenção, aspectos de proteção e criação, além de questões como fome, pobreza, globalização e escassez de recursos.
Este é o primeiro documento escrito integralmente pelo pontífice, que buscou inspiração nas meditações de São Francisco de Assis, patrono dos animais e do meio ambiente. Em 2013, no início do pontificado do Papa Francisco, o primeiro documento publicado foi “Lumen Fidei”, que já tinha sido iniciado pelo papa emérito Bento XVI.
Em consonância com a encíclica do papa, em 2016, a Campanha da Fraternidade Ecumênica da CNBB terá como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. A atividade será coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
Conversão ecológica
Ao final da Audiência Geral do último dia 17, o Papa Francisco disse que a Terra tem sido maltratada e saqueada. “Esta nossa casa está sendo arruinada e isso prejudica a todos, especialmente os mais pobres. Portanto, o meu apelo é pela responsabilidade, com base na tarefa que Deus deu ao ser humano na criação: cultivar e preservar o jardim em que ele o colocou. Convido a todos a acolher com ânimo aberto este documento, que está em sintonia com a Doutrina Social da Igreja”, exortou Francisco.
O papa explicou que o nome da encíclica foi inspirado na invocação de São Francisco “Louvado sejas, meu Senhor”, que no Cântico das Criaturas recorda que a terra pode ser comparada com uma irmã e uma mãe.
A nova Encíclica é composta por seis capítulos: “O que está a acontecer à nossa casa”, “O Evangelho da criação”, “A raiz humana da crise ecológica”, “Uma ecologia integral”, “Algumas linhas de orientação e ação” e “Educação e espiritualidade ecológicas”.
Ao longo do texto, o papa convida a ouvir os gemidos da criação, exortando todos a uma “conversão ecológica”, a “mudar de rumo”, assumindo a responsabilidade de um compromisso para o “cuidado da casa comum”.
“Deus, que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!”, disse Francisco ao final da Encíclica.
Confira aqui a versão em português da encíclica.
Informações: CNBB