Agosto é o mês que dedicamos às vocações. Na primeira semana, a Igreja refletiu sobre a vocação ao ministério ordenado, caso dos diáconos, padres e bispos. Na última semana, as orações se voltaram para a vocação matrimonial. A seguir, publicamos um texto escrito pelo casal Geraldo e Rosimara, da coordenação diocesana da Pastoral Vocacional e Serviço de Animação Vocacional. Eles falam justamente da vocação que vivem: a matrimonial.
Vamos ler e nos aprofundar um pouco mais?
O CHAMADO À VIDA MATRIMONIAL
Ao sermos concebidos, no ventre de nossa mãe, Deus nos chama a sermos co-herdeiros do seu reino. Este é o primeiro chamado: sermos partícipes do reino e do projeto divino de salvar, contribuindo com a criação. A reflexão que queremos propor, neste momento, refere-se ao chamado à vida matrimonial. Vocação que parece comum, a primeira opção de todas, influenciada principalmente pelos fatores culturais da sociedade. Porém, essa escolha é tão complexa e comprometedora quanto as demais vocações.
O matrimônio implica em duas situações: a vida em conjunto e a responsabilidade pela criação. O matrimônio exige a convivência com o outro e para o outro, sem se anular. É um desafio de equilíbrio e lucidez. Significa que, com o meu jeito de ser, vou contribuir com a felicidade e o desenvolvimento do outro, exigência que envolve o corpo, a razão e o espírito. O segundo aspecto refere-se à consequência da vida conjugal: novas vidas, vidas que encontrarão no casal a primeira relação e conhecimento com Deus. A criança tem a primeira imagem de Deus por meio da imagem de seus pais. Já pensou sobre isso?
Começando pelo namoro, o casal vive as primeiras experiências da vida a dois. Antes, ao pensar em seus programas, bastava à pessoa decidir se queria ir ou não a algum lugar, por exemplo. Com o namoro, ela tem que pensar se o outro também gosta e se quer sair. Ainda no namoro, começo a mostrar quem sou, como são minhas expectativas quanto à vida, família e amigos. Depois do namoro deve acontecer o noivado. Noivado? Que estranho! Sim, é uma fase que “caiu de moda”. Mas é importante. É a fase do planejamento da vida a dois.
E vem o casamento! São diversas as fases e o início não é uma “lua de mel”. É mais uma adaptação de duas pessoas que antes viviam separadamente. Agora, os dois dormem numa mesma cama. Às vezes, um tira o cobertor do outro, pega o travesseiro do outro, sem falar no espaço! E esse é apenas um exemplo prático.
Depois vêm os filhos! Os filhos devem ser encarados como um desafio, uma soma e não como problema. Será mais uma grande mudança de vida. Quanta irresponsabilidade percebemos por aí, pais saem com crianças novinhas nas festas e no meio do tumulto! Filho crescido, desafio dobrado. Isso mesmo! Os pais devem acompanhar a vida de seus filhos na Igreja, na escola e depois na escolha da vocação.
E os filhos seguem sua vida. Enfim, o casal volta a ficar só, porém idosos e um pouco cansados. Chega o momento de redescobrir o companheirismo e a amizade do outro. De fato, a vida matrimonial é um desafio cotidiano e, como dizem os mais sábios: casamento é para os fortes.
Prezado jovem, converse com casais de sua comunidade, eles poderão contar suas experiências e ajudar muito na decisão de vocês.
Um grande abraço,
Geraldo e Rosimara
Coordenação Diocesana da Pastoral Vocacional
Serviço de Animação Vocacional