Já estamos na Quaresma!
O tempo da Quaresma vai da Quarta-Feira de Cinzas até o início da Missa da Ceia do Senhor. A Igreja abre para nós um tempo favorável para o nosso itinerário de conversão, um tempo de salvação que nos prepara para a Santa Páscoa.
Durante essa caminhada, os católicos dedicam-se à reflexão e à conversão espiritual, e se recolhem em oração e penitência para lembrar não só os 40 dias no deserto como também os sofrimentos que Deus feito homem suportou por cada um de nós na cruz.
O Evangelho de São Mateus (6,1-18) nos apresenta as três práticas quaresmais: jejum (v.16), oração (v.5) e esmola (v.2). Jesus nos adverte acerca do espírito com o qual somos convidados a viver essas ações concretas: com humildade diante de Deus, tomando o cuidado de não realizá-las para sermos vistos (v.1.5.16), elogiados (v.2) pelas pessoas. O jejum nos predispõe para a oração, pois podemos ficar sem o alimento corporal por um período, mas não podemos ficar sem buscar a intimidade e a presença de Deus: “Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).
O Senhor deseja que a nossa oração seja um voltar-se para ele de todo o coração (Jl 2,12). O jejum também nos abre à caridade fraterna, à esmola: o que deixamos de comer ou economizamos pela nossa abstinência do supérfluo, ao longo da Quaresma, doamos na Coleta da Campanha da Fraternidade que é realizada no Domingo de Ramos. Pois o jejum tem por alvo o coração, a fraternidade, não o estômago. Nossa abstinência deve também nos tornar solidários a tantos irmãos que jejum involuntariamente, todos os dias.
E, para quem vive o espírito da Quaresma, mesmo os dias de jejum são dias de festa, pois o Cristo “está no meio de nós”.
Oração, penitência, jejum e esmola são meios que nos ajudam nessa caminhada quaresmal.
Boa caminhada! Persevere em seus propósitos!
Deus abençoe você e sua família.
Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias
Bispo Diocesano de Colatina