No último domingo (3/4), ocorreu a Romaria da Diocese de Colatina na Festa da Penha. Centenas de peregrinos, entre leigos, sacerdotes e seminaristas, participaram do momento, que teve início com uma procissão aos pés do Convento da Penha, em Vila Velha. Em oração e reflexão sobre a preservação do meio ambiente, o grupo subiu até o Campinho, onde o bispo diocesano de Colatina, dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, celebrou missa, às 9 horas.
Durante a celebração, amostras da água do Rio Doce, com aspecto barrento, foram levadas até o altar para lembrar o desastre provocado pelo rompimento da barragem da Samarco em 2015, que afetou populações de Minas Gerais e Espírito Santo.
Essa foi a forma que a Diocese encontrou para reforçar a importância do cuidado com a casa comum, principalmente com a água, recurso essencial para a vida. Durante a homilia, dom Wladimir afirmou que a lama chegou ao Espírito Santo há mais de quatro meses trazendo uma “avalanche de problemas sociais e ambientais que perduram até hoje. Pescadores, moradores, comerciantes, agricultores, toda a população foi prejudicada”.
Dom Wladimir afirmou que a situação não pode ser esquecida pela sociedade, pelo poder público, nem pelos responsáveis. “Além da lama, vivemos também a crise da água. Corremos o risco de ver o território de nossa Diocese virar sertão”. Mesmo com todos esses problemas, o bispo afirmou que os cristãos não podem perder as esperanças.
Ao final da celebração, jovens do Encontro de Adolescentes com Cristo (EAC), da Paróquia São João Batista, de Aracruz, ofertaram rosas a Nossa Senhora da Penha, ao som de “Virgem da Penha, minha alegria”.
Com informações da Arquidiocese de Vitória (www.aves.org.br)